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01 November 2007

Que Deus?!

Ontem foi o dia das bruxas.

Hoje em dia é comum (certo tipo de) pessoas irem à bruxa. É como ir ao médico ou assim resolver qualquer problema.
Tipo, um gajo tem um problema daqueles que não têm solução, vai à bruxa e pronto.
A bruxa, não só tem a explicação como arranja sempre solução para cada um nos nossos problemas. Para elas não há mal nenhum que quaisquer 300 ou 400 euros não consigam resolver.

Confesso que nunca fui à bruxa nem tenciono vir a fazê-lo, pelo menos enquanto tiver alguma sanidade mental.
Não é que não acredite ou que deixe de acreditar, mas apesar de achar que “há ali qualquer coisa” e que alguma capacidade aquelas pessoas têm para ver “coisas”, a realidade é que prefiro manter alguma distância e opto por uma relação do tipo “filho para pais” – de respeito.

Inquestionavelmente, este assunto está intimamente relacionado com o Ti-ni-ui-ni Ti-ni-ui-ni - entenda-se, sobrenatural - e isso leva-me a pensar em Deus.

- Se existe?
- Se eu próprio acredito ou aceito?

Há sempre uma enormidade de Se’s que me vêm à cabeça e para os quais acabo por nunca conseguir ter uma resposta.

Não obstante à igreja espalhar a sua mensagens e tentar incutir nas pessoas determinados valores baseada na existência de Deus, eu, apesar de não ser crente, tenho os meus valores – os que qualquer pessoa deveria ter - e esses, garanto, não os aprendi com a religião.
Ser-se crente e consequentemente acreditar-se em Deus é, segundo a igreja, a forma de se fazer o bem. Eu, pessoalmente, não aceito essa forma de pensar e por vezes chego a comparar-me com certas pessoas que têm as suas crenças (religiosas) - As que vão à igreja e que praticam uma alarvidade de coisas só porque sim, porque está escrito... - e (in)felizmente chego à conclusão que não preciso de nada daquilo para ser igual e em muitos casos até melhor.

Fazer como a igreja faz e desculpar todas as alarvidades que se cometem diariamente no mundo com o simples facto de o homem ser “livre de escolher” parece-me uma desculpa demasiado esfarrapada para que se continue a aceitar e espalhar o dogma da existência de Deus.
Para mim, se Deus existisse de facto como a igreja o “pinta”, não poderiam existir certo tipo de atrocidades – A fome, por exemplo, não existiria! Que escolha fizeram aquelas crianças sub-nutridas que quase todos os dias nos entram casa dentro pela mão dos telejornais?
Não deveria Deus ser o Omnipresente e Omnipotente e olhar por todas aquelas crianças? Não deveria Ele próprio, o todo-poderoso, dar o exemplo?

Para mim (este) Deus não existe, mas gostava que a igreja um dia conseguisse provar o contrário - sem se basear na fé, claro – como se tal fosse possível.

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